O Vivobook 16 chega ao mercado com a proposta de ser o Copilot Plus PC mais acessível da ASUS, integrando inteligência artificial, arquitetura ARM e longa autonomia de bateria. Mas será que esse modelo de entrada com chip Snapdragon X tem o necessário para convencer quem ainda duvida da viabilidade dos notebooks com Windows ARM?
A seguir, você confere uma análise completa sobre o Vivobook 16, seus pontos fortes, limitações e se realmente vale a pena investir nesse novo conceito de portátil.
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Destaques do ASUS Vivobook 16
- Processador ARM Snapdragon X X1-26100
- Tela IPS 16″ com resolução 1920 x 1200
- Bateria com duração de até 20h30
- SSD de 1 TB com alta velocidade
- 16 GB de RAM LPDDR5X integrada
- Conexões USB-C 4.0, HDMI 2.1 e USB-A
- Construção em plástico e design minimalista
- Preço inicial de R$ 6.750
Design e construção: simples, mas funcional
O Vivobook 16 foi pensado para reduzir custos e tornar os PCs com arquitetura ARM mais acessíveis. Para isso, a ASUS optou por uma construção em plástico, mesmo com um visual que imita metal na cor prata. A tampa traz apenas o logo discreto da ASUS, com um visual clean e minimalista.
Apesar de simples, o notebook traz soluções práticas:
- Pés elevados para melhor ventilação
- Saídas de som na parte inferior – que funcionam bem sobre mesas, mas podem ser abafadas no colo
- Conjunto de portas completo, incluindo duas USB-C 4.0 com suporte a vídeo, dados e carregamento
Tabela de conexões
Tipo de conexão | Quantidade | Recursos suportados |
---|---|---|
USB-A 3.2 | 2 | Padrão |
USB-C 4.0 Gen 3 | 2 | Vídeo, dados (até 40 Gbps), carregamento |
HDMI 2.1 | 1 | Suporte a monitores externos |
P2 (fones/mic) | 1 | Conector híbrido |
Teclado e trackpad: confortável, mas com cortes
O teclado é silencioso e confortável para digitação, mas alguns pontos negativos chamam atenção:
- Sem retroiluminação, mesmo na faixa de R$ 6.750
- Botão power embutido no teclado, o que pode ser um risco em caso de falha
- Trackpad básico, com boa resposta e superfície lisa
Como bônus, o trackpad traz atalhos nativos para controle de brilho e volume com gestos verticais nos cantos.
Tela: qualidade honesta com contraste acima da média
A tela do Vivobook 16 entrega mais do que o esperado. Com painel IPS-like, ela tem:
- Resolução de 1920 x 1200
- Proporção 16:10
- Brilho médio de 363 nits
- Cobertura sRGB de 67%
- Contraste de 1630:1 – acima da média para LCDs
Embora não seja ideal para profissionais de design, cumpre bem o papel para produtividade e uso multimídia.
Webcam e IA: bons recursos, mas com limitações
A câmera frontal é Full HD com trava física, e conta com recursos de inteligência artificial, como:
- Enquadramento automático
- Efeitos de desfoque
- Correção de olhar
- Redução de ruído (3DNR)
Apesar de interessantes, esses recursos ainda estão em fase inicial e podem exagerar no desfoque ou apresentar inconsistências no enquadramento.
Processador ARM Snapdragon X: foco em eficiência e IA
O Vivobook 16 é equipado com o Snapdragon X1-26100, um processador ARM da Qualcomm lançado em 2025. Ele foca em:
- Alta eficiência energética
- Integração com IA local (Copilot Plus)
- Melhor desempenho em multitarefa leve/média
Comparativo de desempenho (Cinebench R23)
Processador | Pontuação (Multicore) |
---|---|
Snapdragon X1-26100 | 7.313 |
Galaxy Book 4 Edge (ARM) | 6.372 |
Intel i5-12450H | ~7.500 |
A performance é próxima a processadores i5 usados em notebooks gamers intermediários de gerações passadas, mas não voltado para jogos. Nos testes com o 3DMark:
- Nomad Lite: 1.143 pontos (8.4 FPS)
- Solar Bay: 5.912 pontos (25 FPS)
Ou seja, o desempenho gráfico serve para tarefas simples e alguns jogos leves, mas não para games exigentes.
Armazenamento e RAM
O modelo testado vem com:
- SSD de 1 TB, com leitura de 7.103 MB/s e gravação de 6.100 MB/s
- 16 GB de RAM LPDDR5X, não expansível por ser integrada ao chip ARM
A única forma de expansão é substituir o SSD M.2 NVMe.
Bateria: destaque absoluto do Vivobook 16
Um dos maiores diferenciais do Vivobook 16 é a sua autonomia. Graças à arquitetura ARM e tela eficiente, o modelo atinge:
- Até 20h30 de uso com vídeo contínuo em 50% de brilho
- Carregamento de 0 a 75% em 51 minutos (65 W)
- Carga total em cerca de 2 horas
Esse desempenho supera os modelos convencionais com processadores Intel/AMD, que geralmente duram 4 a 6 horas em média.
Comparativo de autonomia
Modelo ARM | Duração (vídeo contínuo) |
---|---|
ASUS Vivobook 16 | 20h30 |
Galaxy Book 4 Edge | 18h |
Intel i5 padrão | 5h |
Copilot Plus e ecossistema Qualcomm
O Vivobook 16 vem com Windows Copilot Plus e diversos recursos de IA, como:
- Organização automática de janelas
- Edição de imagens com IA
- Busca de arquivos inteligente
- Traduções e legendas ao vivo
Além disso, futuramente poderá se integrar a smartphones com Snapdragon, criando um ecossistema semelhante ao da Samsung entre Galaxy Book e celulares Galaxy.
Considerações finais
O ASUS Vivobook 16 é um passo importante na democratização dos notebooks com ARM, trazendo:
- Boa performance para uso diário
- Bateria muito acima da média
- Conectividade moderna
- Preço reduzido frente aos concorrentes ARM
No entanto, ele ainda tem limitações:
- Sem retroiluminação no teclado
- Sem expansão de RAM
- Desempenho gráfico limitado
- Sistema ARM ainda com compatibilidades restritas
Vale a pena?
Se você busca um notebook para estudar, trabalhar, consumir conteúdo e usar ferramentas de IA, e está disposto a abrir mão de jogos e tarefas mais pesadas, sim, o Vivobook 16 vale a pena, especialmente se seu preço continuar caindo nos próximos meses.
Fique atento às promoções, pois com valores próximos dos R$ 5.000, o modelo tende a se tornar um dos melhores custo-benefício em notebooks ultraleves com longa duração de bateria em 2025.
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