O iPad 11 se consolidou como o tablet custo-benefício da Apple e, após seis meses de uso contínuo, chegou ao seu menor preço histórico no Brasil. Com valores girando em torno de R$ 2.500 em grandes marketplaces, a dúvida é inevitável: vale a pena comprar agora ou o preço ainda não compensa pelo que ele entrega?
Neste artigo, você confere uma análise completa e atualizada do iPad 11, considerando design, tela, desempenho, áudio, sistema, produtividade e para quem ele realmente faz sentido em 2026.
Design e construção: bonito, premium, mas sem grandes novidades
O iPad 11 segue exatamente o padrão visual que a Apple vem utilizando há algumas gerações. O corpo é inteiramente em metal, com laterais retas e acabamento premium, muito semelhante ao design introduzido no iPad Pro de 2022.
A principal diferença em relação aos modelos mais caros está no conjunto de câmeras traseiras, que aqui é único e discreto, sem o bloco quadrado saltado típico das linhas Pro.
Um ponto negativo é a ausência de qualquer tipo de certificação de resistência, como IP67 ou IP68, algo que já aparece até em concorrentes mais baratos. Além disso, a Apple mudou o posicionamento dos conectores do teclado para a parte inferior do tablet, o que torna o iPad 11 incompatível com capas-teclado mais antigas da própria Apple.
Por outro lado, a Apple manteve o Touch ID no botão de energia, localizado na lateral. Apesar de ser menos avançado que o Face ID, é rápido, confiável e, para muitos usuários, até mais prático no dia a dia.
Tela do iPad 11: o maior ponto fraco do conjunto
A tela é, sem dúvida, o aspecto mais criticável do iPad 11. A Apple manteve o mesmo painel IPS LCD de 10,9 polegadas, com brilho máximo de 500 nits, resolução de 2360 × 1640 pixels e taxa de atualização limitada a 60 Hz.
Mesmo oferecendo boas cores e ótima nitidez, a falta de uma taxa de atualização maior pesa bastante em 2026. Tablets Android mais baratos já entregam telas de 90 Hz ou até 120 Hz, enquanto a Apple segue economizando justamente nesse ponto.
Para quem vem de um tablet mais antigo ou nunca usou telas mais fluidas, isso pode não incomodar tanto. Porém, para usuários mais exigentes, a sensação de “tela requentada” é real.
Áudio: um dos melhores da categoria
Se a tela decepciona, o áudio faz exatamente o contrário. O iPad 11 conta com quatro alto-falantes estéreo, entregando um som acima da média para a categoria.
Os graves são mais presentes, o volume é alto e, mesmo no máximo, não há distorção perceptível. Para assistir vídeos, séries, aulas ou consumir conteúdo em geral, o iPad 11 se destaca bastante frente aos concorrentes diretos.
Desempenho com chip A16 Bionic: sobra potência
O grande trunfo do iPad 11 é o seu desempenho. Equipado com o chip A16 Bionic, ele oferece um salto de aproximadamente 30% em relação ao A14 presente no iPad 10.
Em testes de benchmark, o iPad 11 alcança cerca de 1.400.000 pontos no AnTuTu, superando com folga praticamente todos os tablets da mesma faixa de preço. Apenas modelos topo de linha da Samsung e tablets muito mais caros conseguem números semelhantes ou superiores.
Na prática, isso significa:
- Apps abrem instantaneamente
- Jogos rodam com folga
- Multitarefas são executadas sem engasgos
- Edição de vídeos e tarefas mais pesadas são possíveis, mesmo que o tablet “soe” um pouco mais em usos extremos
Memória e armazenamento: atenção a esse detalhe
O iPad 11 está disponível em versões de 128 GB, 256 GB ou 512 GB de armazenamento, todas acompanhadas de 6 GB de memória RAM, independentemente da versão escolhida.
Esse é outro ponto crítico. Os 6 GB de RAM já começam a ficar limitantes, especialmente pensando no futuro e nos novos recursos de inteligência artificial, que exigem no mínimo 8 GB de RAM para funcionar plenamente no ecossistema da Apple.
Mesmo assim, para a maioria dos usos atuais, essa limitação ainda não compromete a experiência.
iPadOS 26: o sistema mudou (para melhor)
Com a chegada do iPadOS 26, a experiência de uso do iPad 11 deu um salto importante, especialmente para quem busca produtividade.
Entre as principais melhorias estão:
- Gerenciamento de janelas mais flexível
- Possibilidade de redimensionar apps livremente
- Barra de menu superior, semelhante ao macOS
- Novo sistema de arquivos, com visual em lista e colunas ajustáveis
O iPad agora se comporta muito mais como um computador do que como um “iPhone gigante”, o que amplia bastante seu potencial no dia a dia.
Porém, existe uma limitação importante: o iPad 11 não oferece suporte a tela estendida em monitores externos. Tablets com chip M permitem usar um monitor como segunda tela independente, enquanto o iPad 11 apenas espelha a tela. Para quem trabalha com dois monitores, isso pode ser um grande ponto negativo.
Produtividade no dia a dia: funciona, com ressalvas
Para tarefas como:
- Estudos
- Escrita de textos
- E-mails
- Planilhas
- Navegação intensa
- Consumo de conteúdo
O iPad 11 entrega uma experiência muito boa. Com um teclado externo simples, o uso diário se torna confortável, silencioso e eficiente.
Para trabalhos mais avançados ou quem depende fortemente de múltiplas telas, o iPad 11 pode não ser a melhor escolha. Ainda assim, para produtividade leve a média, ele atende muito bem.
Comparação rápida: quando o iPad 11 vale mais a pena?
| Tipo de uso | iPad 11 é indicado? |
|---|---|
| Estudos | Sim |
| Consumo de vídeos | Sim |
| Jogos | Sim |
| Produtividade leve | Sim |
| Produtividade pesada com monitor externo | Não |
| Uso básico e barato | Talvez não |
Se o objetivo for apenas estudar, ler PDFs, assistir vídeos e navegar, tablets Android mais baratos ainda podem fazer mais sentido. Porém, quando entra desempenho, longevidade, sistema otimizado e qualidade geral, o iPad 11 se destaca.
Vale a pena comprar o iPad 11 por R$ 2.500 em 2026?
Sim, vale a pena — desde que você saiba exatamente o que está comprando.
O iPad 11:
- Tem o melhor desempenho da categoria
- Oferece ótima qualidade de construção
- Possui áudio excelente
- Recebe atualizações por muitos anos
- Melhorou bastante com o iPadOS 26
Por outro lado:
- A tela é apenas 60 Hz
- Não tem resistência à água
- A RAM pode limitar recursos futuros
- Não suporta tela estendida em monitor externo
Se você busca o melhor tablet custo-benefício dentro do ecossistema Apple, o iPad 11 é, sim, a escolha mais inteligente atualmente. E com o preço em queda, ele se tornou ainda mais interessante.