Galaxy Tab A11: o tablet de entrada da Samsung que evoluiu onde importa — mas ainda tem limitações

Depois de um bom tempo sem grandes mudanças na linha mais acessível, a Samsung finalmente atualizou seu tablet de entrada: sai de cena o modelo anterior para dar espaço ao Galaxy Tab A11, um dispositivo pensado para entregar o máximo de custo-benefício para quem quer um tablet baratinho para estudos, vídeos, leitura e tarefas simples do dia a dia.

A proposta é clara: preço baixo, experiência fácil, boa tela para consumo de conteúdo e o básico bem-feito. Só que, como todo modelo de entrada, ele também chega com cortes que precisam ser considerados antes de comprar. Neste artigo, você vai ver os pontos fortes, os pontos fracos e para quem o Tab A11 realmente vale a pena.


O que mudou do Tab A9 para o Galaxy Tab A11

A Samsung seguiu a estratégia de “não mexer no que vende”, mantendo boa parte da construção e do conjunto interno muito parecidos com o modelo anterior. A mudança mais visível fica no visual e, principalmente, em um ponto importante da experiência.

As principais evoluções citadas para o Tab A11 são:

  • Nova cor prateada/brilhante, substituindo o cinza grafite do anterior
  • Tela com taxa de atualização de 90 Hz, deixando o sistema mais fluido
  • Câmera frontal melhor, saindo de 2 MP para 5 MP

No restante, a impressão é que a Samsung foi conservadora: manteve componentes e escolhas que ajudam a segurar o preço, mas também seguram o desempenho e a longevidade.


Design e construção: simples, minimalista e totalmente em plástico

O Galaxy Tab A11 mantém o estilo minimalista que já é característico dessa linha. A traseira é inteiramente em plástico, com detalhes em linhas nas bordas e a marca Samsung posicionada para uso na vertical.

Nas laterais você encontra:

  • Botões de volume e energia
  • Sem leitor de digital
  • Entrada para microSD (até 2 TB)
  • Conexão para fone de ouvido
  • Duas saídas de som (áudio estéreo)

É aquele conjunto “sem luxo”, mas funcional. A proposta aqui é ser um tablet acessível, leve e prático.


Som estéreo com Dolby: bom para vídeos, melhor ainda com fone

Mesmo sendo um modelo de entrada, o Tab A11 oferece um áudio estéreo agradável, com suporte a Dolby Atmos em conteúdos compatíveis. Não é um som “impactante”, mas entrega um resultado bem ok para a categoria, principalmente para:

  • YouTube
  • Aulas online
  • Séries e filmes
  • Música em volume moderado

Um cuidado importante: como a saída inferior pode ser tampada com facilidade dependendo da pegada, em ambientes barulhentos o fone ainda é a melhor pedida.


Tela de 90 Hz: a grande melhoria do Tab A11

A principal novidade do Galaxy Tab A11 está na tela: a Samsung trouxe 90 Hz como padrão mínimo em seus dispositivos atuais, e isso melhora muito a sensação de fluidez do sistema.

Na prática, isso significa:

  • rolagem mais suave
  • animações mais agradáveis
  • melhor experiência em apps e navegação

Por outro lado, o restante das especificações do display continua igual ao modelo anterior:

  • Painel de 8,7 polegadas
  • Resolução 1340 x 800
  • Sem suporte à S Pen

A tela é agradável para uso casual, mas não espere definição alta: em alguns textos e detalhes, a pixelização pode aparecer, especialmente se você for mais exigente com nitidez.


Desempenho: Helio G99 + 4 GB RAM e 64 GB é o maior limite

Aqui está o ponto mais crítico do Galaxy Tab A11: a Samsung manteve o MediaTek Helio G99, um chip intermediário de 2022, que já foi muito elogiado no passado, mas hoje começa a mostrar sinais de idade com versões mais atuais do Android.

O conjunto citado inclui:

  • Helio G99
  • 4 GB de RAM
  • 64 GB de armazenamento

Na prática, isso traz duas consequências diretas:

  1. Engasgos em tarefas mais pesadas (principalmente jogos 3D e atividades que exigem GPU)
  2. Pouco espaço interno, que obriga a selecionar bem os apps e usar microSD

O armazenamento de 64 GB hoje é apertado até para quem só usa o básico — e para quem instala muitos apps, baixa conteúdo offline ou usa o tablet para estudo, isso vira um gargalo rápido.


Números de benchmarks e uso real no dia a dia

Em desempenho, o Tab A11 fica numa faixa coerente para tablet de entrada:

  • Antutu: ~520.000 pontos
  • Geekbench 6 (multi-core): ~2029 pontos
  • Geekbench 6 (single-core): ~728 pontos
  • GPU: ~1473 pontos

O ponto positivo é que, para multitarefa leve, ele se comporta melhor do que se imagina: foi possível abrir vários apps ao mesmo tempo sem grandes dramas, mesmo sem recursos avançados de produtividade como modo Dex.


Jogos: roda, mas com limitações claras

Dá para jogar no Galaxy Tab A11, mas com expectativas bem alinhadas.

Ele roda bem jogos leves e competitivos mais simples, como:

  • Brawl Stars
  • Wild Rift

Em jogos mais pesados ou com gráficos 3D mais exigentes, a experiência tende a ficar truncada:

  • EAFC com travadinhas mesmo no mínimo
  • Asphalt Legends até permite 60 FPS, mas exige gráficos no baixo e ainda tem quedas

Ou seja: é um tablet mais para entretenimento e estudo do que para jogos pesados.


Onde ele brilha: vídeos, leitura, PDFs e faculdade

O uso onde o Tab A11 realmente se destaca é como “central de conteúdo”:

  • assistir aulas e vídeos
  • ler PDFs e apostilas
  • navegar na web
  • redes sociais leves
  • apps de streaming

O tamanho de 8,7” é confortável e prático, especialmente para quem quer algo mais portátil. Um ponto que ajuda muito (e que faz falta se você não tiver) é uma capinha com suporte para apoiar na horizontal.


Câmeras: servem para o básico, mas não para trabalho

O conjunto de câmeras segue simples:

  • Traseira: 8 MP, grava em Full HD, com autofoco que não é dos melhores
  • Frontal: 5 MP (melhorou em relação ao anterior)

Em boa luz, dá para:

  • escanear documentos
  • fazer chamadas rápidas
  • resolver necessidades pontuais

Em luz mais fraca, a qualidade cai bastante, com perda de nitidez e excesso de suavização. Para qualquer uso profissional, um smartphone costuma fazer melhor.


Bateria e carregamento: boa autonomia, recarga lenta

No consumo, o Tab A11 mostrou um comportamento bem positivo para a proposta:

  • Uso leve: cerca de 9% a 11%
  • Uso pesado/jogos: 13% a 17%, dependendo do game

Com uso casual (pequenas sessões diárias), é realista pensar em perto de 3 dias de autonomia, o que é ótimo para quem quer um tablet para rotina leve.

O problema está no carregamento:

  • Carregador de 15W na caixa
  • Cabo curto
  • De 0 a 100% pode levar ~2h13

Ou seja, a bateria dura bem, mas quando acaba, a recarga não é rápida.


Galaxy Tab A11 vs Tab A9: qual vale mais a pena?

No fim das contas, o Galaxy Tab A11 pode ser visto como um Tab A9 com uma melhoria principal: tela mais fluida (90 Hz).

Se o preço estiver muito próximo, o A11 faz sentido para quem valoriza essa sensação de fluidez. Mas se a diferença de valor estiver apertando o orçamento, o modelo anterior ainda pode ser uma compra inteligente, já que:

  • construção é muito parecida
  • desempenho é equivalente
  • limitações principais seguem as mesmas (G99 e 64 GB)

A decisão fica basicamente entre economizar o máximo ou pagar um extra para ter uma navegação mais suave.


Tabela comparativa: Galaxy Tab A11 vs modelo anterior

PontoGalaxy Tab A11Modelo anterior
Tela8,7” 1340×800 com 90 Hz8,7” 1340×800
ProcessadorHelio G99Helio G99
RAM4 GB4 GB
Armazenamento64 GB64 GB
MicroSDAté 2 TBAté 2 TB
CanetaSem suporteSem suporte
Câmera traseira8 MP8 MP
Câmera frontal5 MP2 MP
ÁudioEstéreo + Dolby AtmosEstéreo + Dolby Atmos
Carregamento15W15W

Para quem o Galaxy Tab A11 é indicado

O Galaxy Tab A11 é indicado para quem quer um tablet barato para:

  • estudar e ler PDFs
  • assistir aulas e vídeos
  • usar redes sociais leves
  • navegar e consumir conteúdo
  • faculdade e rotina casual

Já não é a melhor escolha para quem precisa de:

  • muito armazenamento interno
  • multitarefa pesada e produtividade avançada
  • jogos 3D com desempenho alto
  • melhor qualidade de câmera

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