
Visão geral
O Project X Pro (também chamado de “Projeto X Pro”) chega como a versão “melhorada” do Project X de um ano atrás. A grande mudança é o sistema EmuELEC 4.7, que desbloqueia recursos e customizações ausentes no modelo antigo. No entanto, mesmo com o novo sistema, o conjunto ainda deixa a desejar em construção, ergonomia, precisão de botões e desempenho em sistemas mais pesados.
Principais pontos positivos e negativos
Pontos positivos
- EmuELEC 4.7: interface conhecida, mais opções de ajustes e melhor compatibilidade.
- Saída HDMI para jogar na TV (via mini/micro HDMI) e USB-C para carregamento.
- Analógicos clicáveis com altura confortável.
- Biblioteca pré-carregada extensa (organizada por sistemas).
Pontos negativos
- Construção simples e sensação de “plástico áspero”; acabamento passa pouca confiança.
- D-pad fraco para jogos de luta (trava em meias-luas e diagonais).
- Gatilhos/ombros tipo “clique de mouse”: curso curto, barulho alto e acionamento irregular.
- Ergonomia discutível: pega horizontal sem “bundas” e quinas inferiores incômodas.
- Falhas reportadas de bateria (drenagem rápida em algumas unidades).
- Áudio traseiro: saídas viradas para trás prejudicam a experiência.
- Desempenho mediano em PSP, N64 e especialmente Dreamcast.
Desempenho por sistema (expectativa realista)
Plataforma | Resultado típico |
---|---|
8/16-bit (NES, SNES, Mega, GB/GBC/GBA, PCE etc.) | Bom: roda a maioria com fluidez e baixa latência. |
Arcade (MAME/FBNeo) | Misto: clássicos leves ok; placas mais pesadas podem exigir ajustes. |
PlayStation 1 | Razoável: muitos jogos jogáveis; títulos 3D mais pesados podem precisar de tweaks. |
PSP | Limitado: alguns 2D/leves rodam; 3D médios sofrem (quedas e stutter). |
Nintendo 64 | Inconsistente: poucos títulos estáveis; exige perfis e plugins específicos. |
Dreamcast | Fraco: experiência geralmente ruim, com travamentos e baixa taxa de quadros. |
EmuELEC 4.7 ajuda com perfis, emuladores alternativos e overclock, mas não faz milagre: o hardware limita.
Ergonomia, botões e áudio
- D-pad dividido: pouco preciso; não recomendado para jogos de luta.
- Botões de ação: toques secos e sensação de atrito com a carcaça.
- Ombros/gatilhos: switches “mouse click”; é preciso apertar bem no centro para garantir o acionamento.
- Analógicos: altura e clique ok para jogos 3D leves.
- Áudio: duas saídas na traseira, o que abafa o som quando apoiado.
Conectividade e sistema
- EmuELEC 4.7 com temas, rasters, shaders e ajustes finos por núcleo.
- Saída HDMI (mini/micro) para TV.
- USB-C para energia.
- Cartão microSD com biblioteca organizada por pastas/sistemas.
- Interface de fácil navegação e opções de remapeamento.
Especificações resumidas
Item | Detalhe |
---|---|
Sistema | EmuELEC 4.7 |
Formato | Portátil horizontal |
Controles | D-pad dividido, 4 botões frontais, Start/Select, 2 analógicos clicáveis, L1/L2 e R1/R2 “mouse click” |
Conexões | USB-C, HDMI (mini/micro), microSD |
Áudio | 2 alto-falantes traseiros |
Conteúdo da caixa | Console, cabo USB-C, manual resumido |
Problemas relatados
- Drenagem de bateria em algumas unidades (tempo de uso real por volta de ~30 minutos antes de desligar).
- Travamentos ao usar saída para TV em determinados cenários.
- Qualidade de construção inconsistente entre lotes.
Mesmo que sua unidade não apresente esses defeitos, o conjunto ainda fica abaixo de concorrentes diretos na mesma faixa.
Para quem (ainda) pode fazer sentido
- Quem busca um portátil muito barato para 8/16-bit, arcades clássicos e PS1 leve.
- Usuários dispostos a ajustar EmuELEC, trocar mapas de botão, testar núcleos e perfis.
- Quem quer jogar na TV ocasionalmente via HDMI, ciente das limitações.
Quem deve evitar
- Fãs de luta (Street, KOF etc.) que dependem de meias-luas/diagonais: o D-pad atrapalha.
- Quem prioriza PSP, N64 e Dreamcast com boa performance.
- Quem exige gatilhos confiáveis e acabamento superior.
Alternativas que valem mais a pena
Se o preço do Project X Pro estiver próximo de concorrentes mais sólidos, considere:
- Portáteis focados em 8/16-bit e PS1 com D-pad melhor e construção superior.
- Modelos com SoC mais recente e gatilhos analógicos (melhor para 3D/PSP).
- Opções com comunidade forte (kernels alternativos, firmwares e peças de reposição).
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Veredito
O Project X Pro melhora o software em relação ao antecessor (graças ao EmuELEC 4.7), mas falha no essencial: controles, acabamento e consistência de desempenho. Para retro leve, cumpre; para qualquer coisa além disso, desaponta. Se a diferença de preço para alternativas mais bem-acabadas não for grande, vale pular este modelo.
