
O Moto Edge 60 Neo chega como o intermediário mais compacto da família Edge 60, mirando quem busca design premium, câmeras versáteis e boa autonomia, sem pagar preço de topo de linha. Depois de uma semana de uso intenso, eis a avaliação detalhada: pontos fortes, limitações, medições práticas de bateria, qualidade de tela, desempenho em jogos e sugestões de preço para valer a compra.
Destaques em 10 segundos
- Design premium e compacto: traseira em polímero com toque de couro, bordas retas 2.5D e acabamento que “engana” bem por metal.
- Tela P-OLED 6,36″ 120 Hz com HDR10+ e pico de 3.000 nits, protegida por Gorilla Glass 7i.
- Conjunto de câmeras completo: principal 50 MP com OIS, ultrawide 13 MP com AF, telefoto 10 MP 3x com OIS e selfie 32 MP; 4K30 frente e trás.
- Desempenho de intermediário: 12 GB de RAM (com RAM Boost), AnTuTu ~954.000; roda jogos em médio/alto, mas aquece em cargas longas e 4K prolongado.
- Bateria de 5.200 mAh + carregador 68 W na caixa: 0–100% em ~1h03; 38% em 15 min.
- Android 15 com 4 anos de atualizações de sistema e 5+ anos de segurança; interface madura, recursos de personalização, desktop sem fio (Smart Connect) e pacotão de IA (Moto AI, Gemini via atalho no power e integrações).
Ficha técnica resumida
| Componente | Especificação |
|---|---|
| Dimensões e construção | Corpo compacto; traseira em polímero com textura de couro; bordas em plástico de ótima qualidade; proteção Gorilla Glass 7i |
| Tela | 6,36″ P-OLED, 120 Hz, HDR10+, pico 3.000 nits, ~460 ppi, 1200 × 2670 px |
| Processador | “MediaTX 1400” (octa-core, 4 nm) |
| Memória | 12 GB RAM + RAM Boost (até +12 GB virtuais) |
| Armazenamento | 256/512 GB (UFS 2.2), sem microSD |
| Câmeras traseiras | 50 MP principal (f/1.8, 24 mm, OIS, PDAF, sensor Sony 700C); 13 MP ultrawide (120°, AF); 10 MP telefoto (73 mm, 3x OIS) |
| Câmera frontal | 32 MP, 4K30, HDR |
| Vídeo | Traseiras 4K30; modos: captura dupla, tilt-shift, panorama, night vision, macro |
| Bateria e carga | 5.200 mAh; 68 W na caixa; USB-C |
| Áudio | Estéreo (alto-falante + saída na borda da tela) |
| Conectividade | SIM físico (bandeja inferior); sem microSD; botões de volume e power bem posicionados |
| Software | Android 15, 4 anos de updates + 5+ anos de segurança; Hello UX madura; Smart Connect (desktop sem fio); Moto Secure; IA (Moto AI, atalho para Gemini e integrações) |
Design e ergonomia: compacto, leve e com assinatura visual da Motorola
A Motorola acertou o conceito: visual de topo em um corpo que cabe bem em mãos menores. A traseira com textura de couro vegano passa elegância, o módulo de câmeras é simétrico e discreto e as bordas plásticas têm usinagem que lembra metal. As teclas caem naturalmente sob os dedos. Observação útil: a gaveta de SIM fica ao lado do USB-C e o furo para a chavinha não está no centro da bandeja — atenção para não espetar o microfone por engano.
Tela: P-OLED 120 Hz, HDR10+ e 3.000 nits que brilham ao sol
É uma das melhores telas da categoria intermediária: pretos profundos, cores vivas, ótima nitidez (~460 ppi) e visibilidade exemplar ao ar livre. O HDR10+ soma contraste e o Gorilla Glass 7i garante boa proteção. A calibração padrão já agrada, mas é possível personalizar tons e saturação no sistema.
Câmeras: trio traseiro com 3x óptico e OIS que entrega fotos acima da média
O pacote é raro no segmento: principal 50 MP com OIS, ultrawide 13 MP com AF (mantém a fidelidade de cor) e telefoto 10 MP 3x com OIS. Os resultados:
- Principal 50 MP: imagens nítidas e com desfoque natural; tendência a contraste e saturação mais altos (ótimo para redes sociais). Em ambientes internos mantém boa definição.
- Ultrawide 13 MP: cores alinhadas à principal, distorção bem corrigida; um pouco menos luminosa, mas consistente.
- Telefoto 10 MP 3x: excelente em 3x; 6x (crop) ainda utilizável; acima de 10x já surge o efeito “boneco de cera”.
- Macro: surpreendentemente nítida, sem escurecer a cena.
- Selfie 32 MP: um pouco mais escura por padrão, mas muito detalhada; vídeo 4K30 com HDR convincente.
Modos úteis: captura dupla (troca entre câmeras durante o vídeo), tilt-shift, night vision, modo profissional e panorama.
Desempenho e jogos: rápido no dia a dia, mediano sob estresse
Com 12 GB de RAM e armazenamento rápido o bastante para apps (UFS 2.2), o Edge 60 Neo abre e alterna entre tarefas com fluidez. Nos benchmarks:
| Teste | Pontuação |
|---|---|
| AnTuTu v10 | ~954.000 |
| Geekbench 6 | 1.076 (single) / 3.020 (multi) |
Na prática:
- Apps e multitarefa: comportamento ágil.
- Jogos: títulos como Call of Duty rodam no alto; em Asphalt é recomendável limitar a 30 fps para estabilidade.
- Térmicas: em gravação 4K prolongada e benchmarks, o aparelho aquece e perde parte do fôlego — típico de SoC intermediário fino. Para quem joga horas seguidas, gráficos médios dão a melhor constância.
Áudio e conectividade
O som estéreo tem boa presença para vídeos e jogos, com a segunda saída integrada à borda superior da tela. O SIM físico fica na parte inferior (sem microSD). A posição dos botões ajuda na ergonomia e no acesso rápido ao atalho de IA.
Bateria e carregamento: números que convencem
Com 5.200 mAh, a autonomia ficou sólida e, melhor, o carregador de 68 W vem na caixa.
| Medição prática | Resultado aproximado |
|---|---|
| Carga 0 → 100% | ~1h03 |
| 15 min na tomada | ~38% |
| 22 min | ~50% |
| 30 min | ~65% |
| 1h de 4K | ~18% de consumo |
| 1h YouTube (alta resolução) | ~10% |
| 1h redes/Chrome | ~8% |
| 1h jogos (CoD/Fortnite) | ~14% |
| 1h jogos (Genshin) | ~12% |
Dica: durante a carga rápida o aparelho esquenta; evite uso pesado enquanto carrega para preservar desempenho e conforto.
Software: Android 15 com política de updates que finalmente anima
O pacote de software é um dos trunfos:
- Android 15 com 4 anos de atualizações de sistema e 5+ anos de segurança.
- Interface Hello UX madura, limpa e personalizável (ícones, fontes, temas, grade).
- Smart Connect com modo desktop sem fios para TV/monitor.
- Moto Secure com reforços úteis de privacidade.
- IA por três frentes: Moto AI, atalho no power para o Gemini (GM9) e integrações parceiras.
No uso real, a navegação é coesa, sem travas e com boas animações.
Comparativo rápido: onde o Edge 60 Neo se posiciona
| Critério | Como o 60 Neo se sai |
|---|---|
| Tela | Excelente para a faixa: 120 Hz, 3.000 nits, HDR10+, GGlass 7i |
| Câmeras | Acima da média com tele 3x OIS rara no segmento |
| Desempenho | Bom no dia a dia; mediano sob estresse pesado |
| Bateria | Muito boa (5.200 mAh) + 68 W na caixa |
| Áudio | Estéreo competente |
| Software | Atualizações por 4 anos + 5+ de segurança |
| Acabamento | Premium para um intermediário |
| Resfriamento | Aquece em 4K prolongado e benchmarks |
Prós e contras
| Prós | Contras |
|---|---|
| Tela P-OLED 120 Hz muito brilhante e protegida por Gorilla Glass 7i | Aquecimento sob carga prolongada (4K/benchmarks) |
| Câmeras equilibradas com tele 3x OIS e modos criativos | UFS 2.2: não é o armazenamento mais rápido da categoria |
| Bateria 5.200 mAh com 68 W na caixa | Sem microSD |
| 12 GB RAM + RAM Boost; multitarefa folgada | Desempenho de jogos pede ajustes para estabilidade (médio/30 fps) |
| Android 15 com 4 anos de atualizações | Borda inferior um pouco mais larga que as demais |
Qual é o preço certo para valer a pena?
No lançamento, a versão 256 GB apareceu por R$ 3.149 à vista no site da Motorola. Considerando o cenário atual (novembro/2025) e o posicionamento da própria linha Edge 60, o patamar competitivo para o Neo deve ficar entre R$ 1.800 e R$ 2.100. Quando bater essas faixas, vira excelente custo-benefício. As melhores oportunidades, cupons e alertas de queda de preço aparecem aqui no artigo e no grupo de Promoções do Promotop.
Para quem o Moto Edge 60 Neo é indicado
- Quem quer um celular compacto com tela premium e construção elegante.
- Fotografia versátil em viagens e no dia a dia (principal + ultrawide + tele 3x OIS coerentes entre si).
- Usuários que priorizam bateria e carga rápida real com carregador na caixa.
- Quem liga para suporte de software e prefere interface limpa com recursos de IA úteis.
Se o foco absoluto for jogos pesados por horas contínuas, há opções com SoC mais parrudo — mas para um uso geral, com equilíbrio entre tudo que importa, o Edge 60 Neo se firma como um dos intermediários mais completos do fim de 2025.
Veredito
O Moto Edge 60 Neo compensa a ausência de um chipset “turbinado” com um conjunto muito redondo: tela de referência para a categoria, câmeras acima da média (com tele 3x OIS rara no segmento), bateria generosa com 68 W na caixa e software com ciclos longos de atualização. Batendo R$ 1.800–2.100, ele se torna fortíssimo em custo-benefício.

