
O Galaxy Tab S11 Ultra mantém a fórmula de tela gigante, hardware de ponta e acabamento premium — só que agora mais fino, mais leve e com melhorias reais em desempenho, produtividade e autonomia. Após um período intenso de uso como dispositivo principal de trabalho e lazer, reuni abaixo tudo o que importa para decidir a compra: pontos fortes, limitações, comparativos rápidos, testes práticos e tabela de especificações.
Principais destaques em uma linha
- Tela Dynamic AMOLED 2X de 14,6”, 120 Hz, HDR10+, brilho típico ~1000 nits e pico ~1600 nits.
- Corpo em alumínio Enhanced Armor, IP68 contra água e poeira, 5,1 mm de espessura e ~692 g (mais fino e leve que a geração anterior).
- Processador topo (arquitetura 3 nm), desempenho altíssimo em multitarefa, edição de vídeo e jogos.
- DeX renovado, com áreas de trabalho em janelas e monitor estendido (não apenas espelhado), elevando a produtividade real.
- Bateria de 11.600 mAh com carregamento até 45 W (carregador 25 W na caixa).
- Áudio quádruplo (quatro saídas) potente e encorpado.
- S Pen passiva com novo formato “lápis”, acoplamento magnético na borda superior.
- Capa-teclado redesenhada (mais estável no colo), porém sem trackpad.
- Android 16 + One UI 8.0, com melhorias palpáveis em janelas, atalhos e fluidez de sistema.
- Versão Wi-Fi no Brasil; quem precisa de 5G terá de considerar importação ou modelo anterior.
O que realmente mudou em relação ao Tab S10 Ultra
- Ergonomia: ficou mais fino (5,1 mm) e mais leve (~692 g), reduzindo o cansaço em longas sessões.
- Resistência e proteção: IP68 e alumínio Enhanced Armor passam segurança no dia a dia e em mobilidade.
- Produtividade: o DeX deu um salto — janelas sobrepostas, desktops múltiplos e suporte a monitor estendido tornam o fluxo de trabalho mais próximo do desktop.
- Conectividade: Wi-Fi 7 e Bluetooth 5.4 elevam estabilidade e throughput com roteadores e acessórios modernos.
- S Pen: agora passiva (sem Bluetooth). Perdem-se ações aéreas, ganha-se simplicidade e zero recarga.
- Capa-teclado: peça única e estável para usar no colo, porém sem trackpad (ponto negativo para quem curte “experiência notebook”).
Tela: gigante, brilhante e consistente
A tela Dynamic AMOLED 2X de 14,6” segue como referência no mundo Android: cores ricas, pretos profundos, 120 Hz para fluidez e HDR10+ para realce de highlights sem exageros. A densidade ~239 ppi mantém textos e ícones nítidos na distância normal de uso.
Em ambiente iluminado, o brilho típico (~1000 nits) garante excelente legibilidade; no HDR, o pico (~1600 nits) dá o “punch” necessário em filmes e séries. As bordas são discretas o suficiente para segurar sem toques acidentais e ainda favorecer a imersão.
Observação sobre o entalhe frontal: a Samsung reduziu o recorte, mas manteve um notch estilo “gota” para a câmera ultra-wide; quem esperava o fim do recorte pode estranhar. Em troca, o aproveitamento de tela continua excelente.
Desempenho: nível laptop em tarefas intensas
O chipset de 3 nm entrega números de topo em benchmarks e, mais importante, resposta imediata no uso real:
- Edição de vídeo (LumaFusion/CapCut): timelines longas com múltiplas faixas rodam sem engasgos; renders acelerados.
- Jogos pesados: títulos de mundo aberto mantêm estabilidade de quadros em presets altos; o corpo aquece pouco e retorna a temperaturas amenas rapidamente.
- Multitarefa: janelas lado a lado + downloads grandes não derrubam a fluidez; o agendamento térmico está bem calibrado.
Para quem vem de tablets Android antigos, o salto é substancial. Para quem já usava o S10 Ultra, há evolução visível em estabilidade térmica e gerenciamento de energia sob carga contínua.
DeX renovado: agora é multitarefa “de verdade”
O novo DeX é o protagonista em produtividade:
- Janelas flutuantes e desktops múltiplos (como em PCs).
- Monitor estendido: o DeX roda nas duas telas simultaneamente, permitindo arrastar janelas entre o tablet e o monitor.
- Barra/atalhos consistentes em todo o sistema, com transição rápida One UI ↔ DeX (tecla de atalho na capa-teclado).
Ainda não substitui um notebook para todas as cargas (latência de mouse pode ser percebida em cenários muito exigentes), mas para documentos, planilhas, e-mail, CRM web, reuniões e navegação desktop já atende com folga — e melhor que qualquer Android anterior.
Bateria e carregamento: números que passam confiança
Com 11.600 mAh, a autonomia é de um dia cheio intenso (trabalho + streaming + anotações), chegando a dois dias moderados.
Nos testes práticos:
- Jogos pesados a 120 Hz drenam ~12% a ~16% por hora, variando por título.
- Streaming HDR consome pouco, graças ao escala dinâmico de Hz (1–120 Hz).
No carregamento:
- 25 W (carregador da caixa): ~0–100% em cerca de 2h25.
- 45 W (carregador compatível): ~0–100% em ~1h35.
Dica: mantenha limite de carga ativado (se disponível) e prefira “top-ups” com 45 W para preservar a saúde da bateria.
Áudio e microfones: quatro saídas que enchem a sala
Os quatro alto-falantes produzem som alto, limpo e encorpado, sem distorção incômoda em volumes altos. A imagem estéreo amplia a imersão em filmes, jogos e chamadas. Em videoconferências, os microfones captam voz com naturalidade e bom isolamento do ambiente, principalmente em distâncias típicas de uso sobre a mesa.
S Pen: nova “pegada de lápis”, mesma precisão — porém sem Bluetooth
A S Pen agora é passiva (sem recarga e sem ações aéreas), magnetiza na borda superior e adota formato hexagonal, lembrando um lápis. A sensibilidade e a latência seguem competitivas, com excelente controle de pressão e inclinação em apps de desenho, marcação de PDFs e anotações rápidas.
Ponto de atenção: sem a baía traseira das gerações antigas, a caneta cai com mais facilidade se ficar exposta; soluções de capa com “garagem” para a S Pen valem o investimento.
Capa-teclado: melhor no colo, falta o trackpad
A nova capa é peça única, firme, e finalmente funciona bem no colo. O teclado é confortável, padrão “chiclete”, com fileira completa de funções no Ultra. A ausência do trackpad é a maior crítica: quem curte workflow “notebook-like” vai sentir falta. Um eventual teclado Pro com trackpad (vendido à parte) seria um complemento perfeito.
Câmeras: corretas para um tablet, com ênfase na frontal
- Traseiras: principal 13 MP + ultra-wide 8 MP; fotos e vídeos corretos, com cores equilibradas e boa faixa dinâmica em boa luz.
- Frontal: ultra-wide (120°) pensada para videochamadas; mantém você centralizado em reuniões, com qualidade satisfatória para Meet/Zoom/Teams.
Como em qualquer tablet, não são o foco. Para escanear documentos, chamadas e registros rápidos, atendem bem.
Conectividade, portas e biometria
- Wi-Fi 7, Bluetooth 5.4, USB-C para dados e vídeo.
- Slot microSD para expandir armazenamento (ponto forte).
- Sem 5G no Brasil (versão Wi-Fi).
- Biometria rápida (leitor sob a tela) e desbloqueio facial prático em mesa.
Para quem o Tab S11 Ultra é perfeito
- Profissionais que querem substituir parcialmente o notebook em viagens e reuniões, trabalhando com DeX + monitor estendido.
- Criadores/estudantes que anotam, desenham, marcam PDFs e editam vídeos em mobilidade.
- Usuários de mídia que valorizam tela grande AMOLED, áudio potente e bateria longa para maratonas.
Pontos a considerar antes de comprar
- Capa-teclado sem trackpad: pode ser divisor de águas para workflows que pedem ponteiro.
- S Pen sem Bluetooth: perde ações aéreas, ganha praticidade e zero recarga.
- Entalhe frontal “gota”: puristas podem preferir uma borda maior sem recorte.
- Sem 5G na versão nacional: avalie tethering do celular ou hotspots.
Tabela de especificações do Galaxy Tab S11 Ultra
| Categoria | Detalhes |
|---|---|
| Tela | 14,6″ Dynamic AMOLED 2X, 120 Hz (1–120 Hz), HDR10+, ~1000/1600 nits (típico/pico), ~239 ppi |
| Dimensões e peso | 5,1 mm, ~692 g; corpo em alumínio Enhanced Armor; IP68 |
| Processador | Plataforma topo (3 nm), alto desempenho em CPU/GPU/IA |
| Memória/armazenamento | Até 12 GB RAM e 512 GB; microSD |
| Sistema | Android 16 + One UI 8.0 |
| Produtividade | DeX com janelas, desktops múltiplos, monitor estendido |
| Bateria e carga | 11.600 mAh; até 45 W (25 W na caixa) |
| Áudio | 4 alto-falantes (som alto e encorpado) |
| Câmeras traseiras | 13 MP (wide) + 8 MP (ultra-wide), 4K |
| Câmera frontal | Ultra-wide (120°), 4K para videochamadas |
| Conectividade | Wi-Fi 7, Bluetooth 5.4, USB-C; Wi-Fi (BR) |
| Caneta | S Pen passiva, formato “lápis”, acoplamento magnético na borda |
| Segurança | Leitor de digitais sob a tela + reconhecimento facial |
Comparativos rápidos: quem deve considerar o S11 Ultra
- Vs. Tab S10 Ultra: se DeX em janela + monitor estendido, peso/espessura menores e Wi-Fi 7 importam, o upgrade faz sentido. Se o trackpad da capa antiga é essencial ao seu fluxo, vale ponderar manter o S10 Ultra com o teclado anterior.
- Vs. iPad Pro: o iPad ainda leva vantagem em ecossistema de apps profissionais (alguns nichos). O S11 Ultra respondeu com DeX mais completo, microSD e versatilidade de arquivo típica do Android; para cargas web-first e multijanelas, ficou muito competitivo.
Dicas práticas para tirar o máximo
- DeX: use monitor estendido e organize desktops por projeto; personalize atalhos no teclado.
- S Pen: invista em capas com garagem para evitar quedas e perca-fácil.
- Bateria: ative limite de carga e prefira 45 W para recargas curtas ao longo do dia.
- Áudio: equalize perfis para streaming/jogos; em reuniões, mantenha o tablet deitado para captar melhor a voz.
Veredito
O Galaxy Tab S11 Ultra é o tablet Android mais completo do momento. Ele amadurece onde importa — produtividade com DeX de verdade, autonomia, tela e áudio de primeira — e adiciona robustez (IP68) num corpo mais fino e leve. As duas concessões (S Pen sem Bluetooth e capa-teclado sem trackpad) não tiram o brilho do conjunto, mas valem análise de acordo com o seu uso. Para quem quer um único dispositivo grande para trabalho móvel, estudo, criação e entretenimento de alto nível, ele entrega.

