6 Erros ao Comprar TV em 2025 (e como fugir das ciladas)

Erro 1: Confiar em “sopa de letrinhas” sem entender a base (LCD x OLED)

A esmagadora maioria das TVs de consumo é LCD ou OLED — todo o resto são variações/recursos de cor e iluminação.

• OLED: cada pixel emite luz. Contraste altíssimo, pretos profundos, textura “cinematográfica”. Menos brilho de pico e desgaste de cor mais rápido que LCD, porém a qualidade geral é excelente.
• LCD: usa luz traseira e filtros de cor. Varia muito: do básico barato ao topo com local dimming avançado.
  Como decidir: se o preço permitir, OLED costuma ser a aposta mais segura em qualidade de imagem; nos LCD, prefira os que tenham local dimming de matriz completa (FALD/mini-LED direto).

Erro 2: Achar que toda TV “mini-LED” é igual

“Mini-LED” significa LEDs menores na retroiluminação — o resultado depende de como são usados.

• Mini-LED com iluminação direta + local dimming por zonas: contraste forte, pretos mais limpos, aproxima-se do OLED.
• Mini-LED com iluminação lateral (edge-lit): controla luz por colunas, efeito de halo e faixas; o local dimming é fraco.
  Teste da loja: rode um vídeo com bolinha branca em fundo preto. Se aparecer uma faixa vertical do topo ao rodapé acompanhando a bolinha, é iluminação lateral. Se a bolinha forma auréolas localizadas, tende a ser iluminação direta por zonas.

Erro 3: Ignorar o sistema smart e pegar Android TV antigo

Experiência ruim não é só imagem. Sistema lento e apps capados frustram qualquer compra.

• Preferir: Tizen (Samsung), webOS (LG) e Google TV (TCL e outras). São mais rápidos, completos e com melhor curadoria de conteúdo.
• Evitar: Android TV antigo (diferente de Google TV).
  Dica: se a TV desejada não tem bom sistema, planeje usar um TV Stick de qualidade.

Erro 4: Comprar pelo “número de canais” do áudio (2.0, 2.1, 3.1…)

O número de canais não garante qualidade. Muitas TVs caras ainda entregam 2.0 “ok, e só”.

• Regra prática: se a imagem e o preço empatam, prefira mais canais (ex.: 4.2 > 2.0), mas saiba que soundbar quase sempre soa melhor.
• Se áudio importa, reserve orçamento para uma soundbar com HDMI eARC.

Erro 5: Superestimar nomes de cor (QLED, NanoCell, ULED…) sem checar o que importa

QLED/NanoCell/ULED são filtros de cor (pontos quânticos e equivalentes). Podem ampliar gama e saturação, mas cada marca aplica diferente.
Teste simples de cor (lado a lado): busque “color test DCI-P3” e observe:

• Vermelho DCI-P3: deve parecer vermelho sangue, intenso (não alaranjado/opaco).
• Verde DCI-P3: vivo e claro, sem “branco” contaminando.
  Se vermelho e verde soarem “lavados”, a cobertura de cor é limitada.

Erro 6: Avaliar brilho e contraste só sob iluminação forte de loja

Loja engana: tudo no modo vívido e com luz intensa.

• Peça para testar no modo Filme/Cinema.
• Analise pretos e transições de sombra (letterbox de filmes e cenas escuras).
• Se possível, reduza a luz ambiente (mesmo que seja só virar o painel para longe do holofote).
• Em casa, ajuste: Desligue “efeitos” exagerados, ative local dimming (se for direto) e reduza nitidez que cria halo.

Tabela prática: qual tecnologia combina com você?

Checklist rápido antes de fechar a compra

• Tecnologia: entendeu LCD x OLED? Se mini-LED, confirme se é direto.
• Local dimming: quantas zonas? Há controle por matriz (melhor) ou colunas?
• Sistema: Tizen / webOS / Google TV; evite Android TV antigo.
• Tela: 120 Hz real para jogos? Suporta VRR/ALLM?
• Conectividade: HDMI 2.1 (pelo menos 1 porta), eARC para som.
• Calibração inicial: modo Filme/Cinema, desligar nitidez e efeitos agressivos, ajustar gamma e temperatura.
• Preço: compare histórico e cupons — os links deste artigo reúnem ofertas ativas; para alertas relâmpago, entre no Grupo de Promoções do Promotop.

Guia de testes na loja (passo a passo)

1. Pretos e halo: reproduza cena escura com pontos brilhantes (estrelas). Observe se a luz “vaza” (halo) muito além do objeto.
2. Mini-LED “de verdade”: rode o vídeo da bolinha branca em fundo preto; confirme se não há “coluna” acompanhando a bolinha.
3. Cores DCI-P3: abra um color test e compare vermelho e verde com TVs ao lado.
4. Ângulo de visão: desloque-se lateralmente; OLED mantém melhor, LCD varia por painel.
5. Sistema/velocidade: abra 2–3 apps, troque perfis, teste busca por voz.
6. Som: se for 2.0/2.1 e você liga para áudio, planeje soundbar.

Quando pagar mais (e quando não)

• Pague mais por OLED ou mini-LED direto se filmes/séries e contraste importam muito.
• Não pague extra por “mini-LED” edge-lit: o ganho real é pequeno no escuro.
• Pague pelo sistema se dispensa stick e quer tudo pronto (Tizen/webOS/Google TV).
• Economize no som da TV e coloque a diferença numa soundbar com eARC.